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Representações identitárias nas pessoas idosas

Atualmente, assistimos ao longo dos últimos anos a um aumento da esperança média de vida e por conseguinte, ao aumento da longevidade e ao fenómeno do envelhecimento populacional. Segundo a perspetiva do desenvolvimento humano, a velhice diz respeito à última etapa do ciclo da vida, ou ciclo vital, também conhecido. O envelhecimento é um processo natural, cronológico e irreversível, que deve ser vivido sem receios.

No contexto português, caracterizado pelo progressivo aumento da expectativa de vida, é pertinente abordar as conceções acerca do processo de envelhecimento e velhice, nomeadamente identificar estereótipos e respetivas repercussões associadas, uma vez que, o preconceito associado às pessoas mais velhas prevalece de uma forma bastante flagrante e constante, considerando-se assim um dos maiores problemas sociais da atualidade.

Apesar de atualmente, a longevidade ter alcançado números nunca antes vistos, esta conquista manifesta-se no nosso quotidiano através de uma interpretação negativa e assente em construções que associam este processo a incapacidade e dependência, aproximável do patológico.

Como defende Kofi Annan «a expansão do envelhecimento não é um problema, antes uma das maiores conquistas da humanidade». A manutenção das atitudes e expectativas positivas face ao envelhecimento, reduz o stress associado às mudanças biopsicossociais acarretadas pelo processo de envelhecimento, promovendo assim a resiliência no decorrer do processo e consequente aumento da longevidade. 

Acreditamos que as alterações socioculturais e as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da narrativa discursiva do envelhecimento (saudável, bem-sucedido, participado, ativo e informado), podem influenciar o campo representacional da velhice. Esta intervenção requer uma ação consistente e abrangente, sendo fundamental a intervenção no campo da Gerontologia, nomeadamente o Gerontólogo, como veículo para disseminar informação, desenvolver estratégias e conhecimento, com base na conjugação de intervenções educacionais e comportamentais na sociedade. É fundamental uma abordagem holística, com foco nas suas potencialidades e necessidades, bem como nas ações que lhes transmitem um sentido de controlo sobre as suas vidas; “ter saúde” pode ser um facilitador ou uma barreira, mas não um determinante absoluto de bem-estar na velhice, pois variáveis como o estado civil, o local onde se vive, o rendimento disponível ou as relações familiares e sociais têm um papel crucial na perceção de bem-estar.

 Mariana Jerónimo Mendes

Licenciada em Gerontologia Social

Especialista no Envelhecimento

Formadora e Consultora na Área do Envelhecimento

Mestre em Ciências da Educação

Especialista em Educação e Desenvolvimento Comunitário

Digitalização do Paciente

A Digitalização está relacionada com a otimização dos processos através da utilização de tecnologias digitais, envolvendo a angariação e integração de dados, mas para análise de informação e de indicadores de desempenho para tomada de decisão, com o objetivo final de tornar os processos mais eficientes. Nesta fase passamos do “sensing” – de sensor, isto é, da pura leitura de dados para o “sensemaking”, que agrega valor aos dados e usa a informação gerada para transformar fundamentalmente os processos instituídos e criar novas oportunidades de valor. A Transformação Digital é algo com um alcance ainda maior, pois trata-se da transformação das Organizações possibilitado pela digitalização e tecnologias inerentes, levando a uma mudança organizacional e operacional, mas sobretudo cultural, que se consegue através da integração de tecnologias, processos e competências de forma transversal aos diferentes níveis e funções da Organização.

A forma como consumimos Saúde transformou-se nos últimos 3 anos. A tecnologia tem vindo a transformar o setor da saúde, permitindo a introdução de novas soluções na prestação de cuidados de saúde focadas no paciente. Aprendemos que, agora, podemos escolher não perder tanto tempo nas salas de espera, nos atos médicos e nas deslocações para receber esses mesmos atos. Esta mudança provocada pela Pandemia de COVID-19 veio para ficar, sendo exemplo disso o recurso à telemedicina que aumentou 38 vezes comparativamente ao período pré-COVID e à crescente procura de monitorização e cuidados remotos com acesso a dados interoperáveis. Fato curioso a faixa etária que mais tem crescido na adesão a estes novos serviços digitais: as pessoas da “Silver Economy”, ou seja, os pacientes com mais de 60 anos. Fruto da transformação provocada pela COVID-19, 38% das pessoas utilizam agora mais serviços digitais, sendo que 54% mantém a pretensão de continuar a utilizar a versão digital do serviço.

Outro elemento a considerar nesta transformação é a crescente utilização de “wearables”, sejam eles monitores de biodados, como os “smartwaches” e os“smart-rings”, entre outros mais sofisticados. A maioria dos utilizadores destes aparelhos redefiniram o conceito de “welness”, valorizando agora 6 diferentes dimensões: 1. Melhor Saúde; 2. Melhor “Fitness”; 3. Melhor Nutrição; 4. Melhor Aparência; 5. Melhor Sono; 6. Melhor “Mindfulness”.

Também a utilização de APP´s de Saúde contribui para uma melhoria no acesso aos cuidados de saúde e no desenvolvimento de um modelo de prestação de cuidados, focado em valor e nos “4Ps medicine”, registando-se um crescimento exponencial do uso de “Digital Health apps”, existindo atualmente mais de 350 000 aplicações de saúde disponíveis no mercado global. São adicionadas no mercado cerca de 250 aplicações por dia. Também esta transformação levanta diversas questões, nomeadamente ao nível da privacidade e segurança, sendo a introdução de mecanismos de proteção de dados e o “compliance”, aspetos importantes para aumentar a confiança dos profissionais de saúde e pacientes, levantando-se ainda o problema da prescrição de APP´s de Saúde. Portugal ainda não faz parte da “European Taskforce for Harmonised Evaluation of DMDs” e registam-se diferentes níveis de maturidade na UE, relativamente ao processo de reembolso das aplicações digitais. A Alemanha, França e Bélgica posicionam-se como líderes no processo de adoção, oferecendo o melhor ecossistema de entrada no mercado para reembolso de aplicações digitais de saúde e constituem-se como os mercados mais maduros na prescrição de soluções digitais em saúde na União Europeia, por via da implementação de mecanismos de “fast-track”. Adotaram mecanismos para a prescrição e reembolso, assente em critérios de viabilidade tecnológica, avaliação de risco e evidência clínica. Num mundo cada vez mais digital e conectado, é essencial transportar esse sentimento para a saúde: uma visão única do paciente, mas para isso é imprescindível criar ecossistemas que conectem verdadeiramente pacientes e clínicos, virtual e presencial, no “mundo global” dos prestadores de serviços de saúde. A agilidade corporativa e organizacional é uma qualidade sem a qual não será possível aos prestadores de saúde continuarem a acompanhar a evolução do mercado, colocando em risco a sua sobrevivência, pois a tecnologia está num ponto em que o que é válido hoje, no próximo mês poderá já não ser.

Por exemplo, no Montepio RDL há vários processos em transição digital: “MySenior” (direcionado para os utentes do Lar e das Residências); Gestão Documental Digital (pretende-se atingir a meta de zero papel); Sistema de Gestão de Fila (Patient Journey); Transição dos Servidores para Cloud; Implementação de um novo Sistema de Gestão Hospitalar com ligação à APP do paciente.

As tendências para 2023 passam por 4 áreas: “Analytics”, “Machine Learning” e IA” (análise e utilização de dados), Cloud (permitiu reduzir barreiras à entrada de novas plataformas tecnológicas); Reconhecimento por voz (irá ajudar a reduzir tempos de consulta, contato com clientes infectados e reduzir o tempo de introdução de dados); 5G e “Blockchain” (otimizar a movimentação do hospital para casa, a introdução do “IoMT – Internet of Medical Things” e dos “wearables”, o que irá requerer uma nova geração de rede e arquitetura, para garantir confiança e capacidade de resposta.

No fundo, a transição digital significa, de forma simplificada, duas coisas: fazer o mesmo usando menos recursos e fazer mais com menor investimento.

Todas estas invenções, à medida que são aplicadas, vão moldando os processos, os sistemas e os modelos que vêm sendo utilizados há décadas, criando um ambiente que diariamente terá de evoluir a partir da inovação, pois apenas dessa forma conseguiremos acelerar a criação de valor na prestação dos cuidados de saúde ao paciente, reposicionando e movendo a pessoa para o centro de todo o ecossistema.

Paulo Ribeiro

A Importância da implementação do Sistema da Gestão da Qualidade no Montepio Rainha D. Leonor

As exigências do mercado, não distinguem o Privado de uma Mutualidade, cada vez mais temos que estar em sintonia com as necessidades e expectativas dos nossos associados e clientes.

O MRDL assume que tem que alinhar a sua Missão/ Visão e Valores em consonância com esses critérios, bem como, arranjar estratégias sustentáveis, para conquistar / fidelizar clientes/associados/colaboradores.

Em 2022, o Conselho de Administração estabeleceu, como um dos seus objetivos, implementar internamente um Sistema de Gestão da Qualidade no Universo do Montepio.

Com uma equipa que ultrapassa os 200 colaboradores, mais do que nunca torna-se imperativo, a uniformização de procedimentos dos serviços, valorizar as boas práticas, consolidar o  seu ADN e sucessiva melhoria.

Para cada sector, será necessário um trabalho profundo e a envolvência de todas as partes interessadas.

Compilar todos os procedimentos considerados de valor para a prestação de um bom serviço, criar instruções de trabalho claras e registar o que é importante.

Temos noção que há muito a fazer, mas também sabemos fazer e fazer bem, o nosso capital humano tem valor.

Estamos  a trabalhar para a uniformidade, segurança e sentimento de pertença da equipa, muito importante para a satisfação de todos; utentes, clientes, associados, colaboradores, fornecedores e comunidade.

Durante o ano de 2023/2024 iremos implementar o Sistema de Gestão da Qualidade, através do Projeto Q + em Rede[1] na nossa Valência SAD/ Residências Assistidas, possibilitando a replicação para outros Serviços da Instituição.

“Gostamos de Cuidar” desde 1860

Cristina Serrano

Gestora da Qualidade e Serviços


[1] “A oportunidade de a custos reduzidos uma IPSS ou Misericórdia integrar um Grupo de Instituições com vista a implementar o Sistema de Gestão da Qualidade nas Respostas Sociais mediante a NP EN ISO9001:2015 e/ou Nível B dos Manuais da Segurança Social, através do projeto Q+ em Rede, cumprindo assim todos os requisitos da Segurança Social em potenciais visitas de acompanhamento/fiscalização, bem como, preparação para a certificação da respostas sociais da Instituição” Replicar-Socialform

Serviço Médico Noturno -Serviço de Assistência Médica Domiciliária

O Montepio Rainha Dnª. Leonor é membro fundador da APM-Redemut, que na sua vertente assistencial (Saúde) integra 15 associações que cooperam, em rede, entre si, em benefício de dos associados das Instituições aderentes.

Enquanto associado do Montepio Rainha Dnª Leonor e com um pagamento complementar, anual, de 1,20 €, poderá subscrever o SMN – Serviço Médico Noturno (Serviço de Assistência Médica Domiciliária), que funciona 365 dias por ano, com consultas de medicina geral ao domicílio (noturnas nos dias úteis, entre as 20.00 e as 7.00 horas) e 24/24 horas aos fins de semana e feriados, custando cada consulta, no domicilio, 20,00 € e ainda um serviço de aconselhamento médico telefónico, gratuito, 24/24 horas, à distância de uma simples chamada telefónica.

O serviço tem cobertura nacional, pois funciona com a colaboração de uma empresa prestadora de serviços médicos, não ficando a assistência limitada ao domicílio habitual.

Se ainda não subscreveu este serviço, estará sempre a tempo de o fazer.

José Netas

Secretário Geral

Digitalização do Paciente

A Digitalização está relacionada com a otimização dos processos através da utilização de tecnologias digitais, envolvendo a angariação e integração de dados, mas para análise

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